OS JOVENS E AS NOVAS MÍDIAS

Sabemos que a cultura jovem hoje é muito mais midiática do que em qualquer outro tempo. As crianças estão cada vez mais cedo se tornando usuárias das novas mídias, mas se por um lado sabemos quão positivo para estimulação do Cérebro e consequentemente para ajudar essa nova geração na resolução de situações problemas, por outro lado fica claro que esse público está também mais vulnerável a sofrer ou praticar algum tipo de crime virtual por isso há uma necessidade dos pais e adultos ficarem cada vez vigilantes. A seleção e monitoramento de sites que esse público visita faz-se necessário pelos pais, bem como o tempo em que eles passam diante de um computador, pois embora saibamos dos benefícios de se navegar na net e mergulhar em todos os conhecimentos que ela nos proporciona, não podemos perder a relação com o real. O virtual não deve substituir as relações presenciais.

VOCÊ SABE O QUE É CIBERCULTURA?

O ERRO COMO VALORIZAÇÃO DO SABER

Cada vez mais tem sido discutido sobre a valorização do erro como fonte de aprendizagem. Quando pensamos em educação é necessário lembrar que cada etapa da aprendizagem é precedida de erros e acertos. Olhar para o erro como sinal de que algo pode não estar bem tanto para quem ensina, como para quem aprende, é saber se colocar em posição de mediador da aprendizagem e não de detentor do conhecimento com se a sua prática docente fosse algo indiscutível. Perceber a importância do erro significa dar-se e aos outros a possibilidade de tentar de novo, premissa indispensável ao processo ensino e aprendizagem. Erro aqui entendido como algo construtivo, que possa possibilitar avanços tanto do ponto de vista de quem ensina como de quem aprende. Quando estudamos a teoria piagetiana, percebemos que o autor destaca o erro como elemento indispensável à aprendizagem, por isso ele a divide em fases que vão sofrendo maturações por parte das crianças. Dar atenção aos erros significa perceber as limitações e possibilidades dos alunos enquanto seres que constroem continuamente seus conhecimentos. Valorizar essas lacunas significa preencher algo que se apresenta também na pratica daqueles que mediam a aprendizagem, o professo, que deve se repensar sua prática e mudar as estratégias para ajudar os alunos a avançarem em suas descobertas

AS NOVAS TECNOLOGIAS E O CONTEXTO DE MUDANÇAS

É inegável que vivemos em uma era em que não será mais possível conviver sem a mediação das novas mídias ou tecnologias digitais. Precisamos dela para realizarmos o mínimo das tarefas de que precisamos desenvolver durante o dia. Conceitos como tempo e espacialidade não obedecem mais uma linearidade, agora estão a um clique, ou a um toque das necessidades do internauta. O ciberespaço, ou espaço virtual possibilita acessos rápidos e resolução de problemas em minutos. Algo que dura mais que isso, já nos causa um certo incômodo. Como vimos este é um caminho promissor, no entanto , há que se saber impor limites para o uso dessas tecnologias, tudo que se faz de mais pode ser prejudicial, inibe a aprendizagem em alguns casos pois pode provocar a distração, bem como pode influenciar no processo de desumanização, quando perde-se o contato físico com o outro nessa interação menos presencial. No que se refere à educação mediada pelas novas mídias, percebemos o avanço com a criação de ambientes virtuais de aprendizagem, sites e blogs educativos e de compartilhamentos de vídeos e slides, entre outros recursos. Há que se pensar como ajustar e integrar esses novos meios ao trabalho do professor e orientar o acesso e utilização de alunos como forma de auxiliar sua aprendizagem.

REFLETINDO SOBRE AS TECNOLOGIAS E SEUS IMPACTOS NA EDUCAÇÃO

RELAÇÃO HOMEM-TÉCNICA

Os estudos e reflexões bem como o cotidiano escolar nos revela a importância dos meios tecnológicos para a construção de uma base de aprendizagem mais sólida e coerente para uma sociedade que disponta em segundos para novos conhecimentos. Percebemos que a tecnologia sempre fez parte da vida do ser humano. Mesmo quando era um primata construiu artefatos e se apropriou de técnicas para ajudá-lo em sua adaptação ao meio. Hoje vemos uma geração de pessoas que mergulham no mundo digital e dominam com muita facilidade as novas tecnologias, sobretudo quando nesse universo encontram-se os chamados " nativos digitais", para esse público o domínio homem-máquina é quase sem limites, aquilo que uma pessoa que não cresceu nessa era mas que ao contrário teve que se adaptar, os famosos "imigrantes digitais", realizam com um certo domínio ou ainda com pouca ou nenhuma habilidade, é moleza para jovens e crianças mergulhados a esse universo. O desafio de trazer para dentro da escola, e seus diferentes espaços a utilização de formas mais efetivas e sistemáticas de mídias digitais tem sido cada vez maior. A introdução de editor de textos, com recursos da web 2.0 para ajudar alunos na construção de sua base alfabética ou ainda na produção textual são apenas algumas das possibilidades que se pensadas didaticamente poderão ajudar alunos a se tornarem leitores e escritores mais competentes. Bem como o uso de computadores, calculadoras, jogos e outros games poderão ajudá-los na construção de uma base para desenvolver seu raciocínio lógico-matemático. Mas há que se saber a dose certa para ajudar os alunos a pensar com o auxilio de quaisquer uma dessas ferramentas como também sem elas. A competência didática e o compromisso político devem fazer parte das reflexões diárias do professor, bem como a independência desses recursos deve fazer parte da vida de cada ser humano para que ele também não se torne um escravo da tecnologia.